sábado, 20 de novembro de 2010

Se a amizade for verdadeira ...


Para melhor entendimento, leia AQUI!!!


_Como assim? O que você está falando?-Perguntei sem conseguir acreditar no que tinha acabado de ouvir.
_Isso mesmo, Mary.
_Mas Daisy... Como não vai haver mais casamento? Vocês dois tinham tanta certeza do que queriam!
Daisy riu triste:
_Fomos dois idiotas. Como poderíamos ser felizes no casamento se o nosso namoro não estava dando certo? A verdade é que estávamos enchergando o casamento como uma solução para não terminarmos o namoro, mas as coisas não funcionam assim! Não pode ser assim!
Ela tinha toda razão.
_Mas vocês estavam felizes... Eu não consigo entender.
_Brigávamos demais, Mary. Tudo era motivo para briga, ele queria casar de dia na praia e eu queria um casamento mais tradicional na igreja. O pior de tudo é que nenhum de nós dois cedia! A gente queria e ponto.
Eu olhei para ela triste.
_Tudo isso é conversado, Daisy. Eu acho que vocês não fizeram certo em cancelar o casamento.
_Mary, fizemos sim. Da última vez que brigamos foi feio, terrível! Ele teve coragem de dizer na minha cara que eu não era a mulher dos sonhos dele e que ele não seria capaz de passar o resto dos seus dias ao meu lado.
_Ele disse isso?-Parecia mentira.
_Disse. E sabe o que fez depois? Ao ver as minhas lágrimas ele fugiu feito um idiota, desapareceu por uma semana. Não deu satisfações, não disse nada. Uma semana desaparecido!
_E depois?
_Quando ele apareceu fomos conversar, eu perguntei onde ele estava e por que não tinha me dito que ia viajar, sabe o que ele disse? Que não tinha que me dar satisfações, pois não iria mais se casar comigo!Ele foi ridículo! Ele disse assim sem se preocupar com os meus sentimentos! E pior... Ele fugiu quando deveria ter ficado e conversado comigo! É isso que ele vai fazer toda vez que surgir um problema e eu chorar? Vai fugir feito um covarde?
Passei a mão na cabeça.
_Eu sinto muito, Daisy.
_Não sinta. Eu estou feliz, foi melhor assim! Não viveríamos nem um mês juntos! O que me deixa triste é a nossa amizade.
_Acabou?
Ela respirou fundo:
_Desde que devolvi a aliança não o vi mais, nem nos falamos.
_Não se preocupe, Daisy, se a amizade for verdadeira Deus não vai deixar se acabar.
Ela sorriu pra mim:
_Tomara que você tenha razão, Mary. Não quero deixar de ser amiga dele, uma amizade que começou na infância não pode acabar assim! Ah, se eu pudesse voltar no tempo... Não ficaria com ele e tudo estaria resolvido agora.
_As coisas não são bem assim, Daisy. Nada é por acaso, com certeza tem um bom motivo para isso ter acontecido.
Ela riu triste.
_É, talvez.Mas e você, Mary? Triste pelo fim do relacionamento com Eduardo?
Suspirei e olhei para elas sem saber qual resposta dar.
_Estou com raiva.-fui sincera.-Edu me decepcionou, eu esperava mais dele! Ele tinha me prometido que nunca me deixaria e olha só, me deixou no primeiro problema que apareceu.
Angélica me olhou séria:
_Mas ele não entendeu que você não tinha escolhas?Ele foi um covarde, se você pudesse escolher entre ficar e ir embora talvez ele tivesse razão. Mas você não tinha escolhas!
Fiquei calada.
Angélica me olhou surpresa:
_Você tinha escolhas, Mary?
_Na verdade, eu tinha... –disse abaixando envergonhada os olhos.
_Como assim? Essa parte você não contou! Pode ir contanto tudinho!-Daisy disse em tom de brincadeira mas falando sério.
Respirei fundo.
Deveria contar ou não da gravação? Seria certo?

                                                                                              Continua

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