terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Solidão


Tive um ótimo final de semana com o Caco do meu lado.

No entanto, acabou se o que era doce e ontem a tarde ele foi embora.

Fui com ele até a rodoviária e fizemos uma despedida bem melosa, parecia que estava tudo bem. Cheguei em casa, porém, e comecei a senti uma enorme solidão.

A noite já tinha chegado e eu comecei a me sentir muito sozinha e triste.

Entrei no meu quarto e comecei a chorar...

Se alguém me visse ali chorando e me perguntasse o motivo, eu simplesmente não saberia responder.

Estava feliz por ter visto o Caco, mas agora o que explicava aquele vazio dentro de mim? Uma dor parecia que iria consumir todo o meu peito.

Chorei até não poder mais e adormeci.

Acordei com o sol batendo na janela e sorri contente.

Não tinha mais dor, solidão ou qualquer coisa do tipo.

“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.

Sentia-me renovada, disposta a ter um dia maravilhoso.

Troquei de roupa e corri para a piscina. O sol brilhava e eu aproveitaria o meu ânimo para conseguir uma cor.

_Bom dia!

Virei-me assustada e dei de cara com André.

_Bom dia!-disse estranhando o motivo de ele estar em casa tão cedo.

_Soube que o Caco foi embora né?

_Ontem.

_O sol está delicioso, mas eu vim saber se você não quer dar um passeio comigo.

_Passeio?Pra onde?

_Eu vou até uma cidade vizinha de carro levar algumas fotos, pensei se você não queria ir comigo e aproveitar pra conhecer o lugar.

_O papai não deixaria.

_Na verdade-ele passou a mão pelo cabelo - foi ele mesmo quem sugeriu.

_Voltamos ainda hoje?

Ele riu:

_Vou fazer o possível.

_Vai ser bem cansativo então, né?

_Vamos Mary, aposto que você vai gostar... A cidade é linda.

_Você sempre leva fotos pra lá?-perguntei curiosa.

_Não. Geralmente eu levo até a sua cidade, mas hoje ocorreu uma exceção.

_Sério? Então você costuma ir até a minha cidade?

_Frequentemente.

_Ótimo. Assim você pode me visitar sempre então. -disse muito feliz.

Ele sorriu também.

_E aí? Você vem ou não?

_Está bem. Eu vou conhecer essa cidade linda. Espera só um minuto que eu vou vestir uma roupa decente.

Ele riu:

_É bom mesmo. -disse olhando para o meu mini biquíni.

Senti meu rosto corar e corri para dentro de casa.

Vesti uma roupa e voltei. Ele me esperava dentro do carro e ouvia música.

_Podemos ir?-ele perguntou com um lindo sorriso, senti meu coração bater mais forte e me repreendi através de pensamento. O Caco tinha acabado de ir embora e eu permitia que o meu coração se acelerasse com um simples sorriso do André?

O problema é que ninguém manda no coração.

Continua


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