Aproveitei que fiquei sozinha e fui tomar banho, o que me fez muito bem.
Quando terminei o André já tinha chegado e arrumava o lanche sobre a mesa da varanda.
_Vem lanchar, Mary. -me chamou assim que me viu.
Sentamos e começamos a lanchar.
Estava muito chateada com André e ele mal me olhava.
_Desculpa Mary, queria que você tivesse um jantar decente.
_Tudo bem. -Sussurrei.
Ele começou a conversar como sempre fazia, mas dessa vez eu mal sorria ou apenas respondia com rápidos monossílabos.
_Mary?Por que você está assim comigo?Não entendeu que a culpa não foi minha?Eu não planejei nada disso... O que você quer que eu faça?Que eu me ajoelhe aos seus pés e peça perdão?-André perguntou com raiva.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo, aproveitei para falar tudo que estava entalado na minha garganta.
_Como assim André?Se tem alguém aqui que não entendeu foi você. Meu Deus! Eu já disse que eu entendi!-disse elevando o tom de voz. -O problema aqui não é isso, imprevistos acontecem, eu sei! Mas você está sendo insuportável!
Parei um minuto para tomar fôlego e continuei.
_Eu não sou mais criança, muito menos uma adolescente mimada, então para de me tratar como se eu fosse!
Ele nem sequer olhava pra mim.
_E quanto ao quarto, eu não me importo que você durma comigo na mesma cama. Eu tenho um namorado, e tenho por ele o respeito e o amor suficiente para não fazer NADA com você!Entendeu?
Ele me olhou sério, pensativo.
Nesse momento eu me senti uma profunda idiota, uma qualquer.
Levantei da cadeira com raiva e virando as costas saí, não poderia ficar lá para vê-lo rir da minha idiotice.
Continua