sábado, 16 de janeiro de 2010

Daisy

Finalmente sexta-feira... Nove dias sem ver o André, nove dias que ele viajou.

Meu pai me deixou de castigo apenas por um dia, tempo suficiente até ele descobrir que o André estava viajando.

Minha vida não acontecia nada de especial, nada mesmo, então por isso acabei ficando sem escrever todo esse tempo.

Hoje, porém, uma coisa surpreendente aconteceu.

Estava no quarto, logo no fim do dia, esperava ansiosa pelo momento em que André fosse me visitar para contar como fora a viagem, quando meu pai entrou.

_Mary, você tem visita.

Levantei contente:

_Então André veio finalmente me ver!-disse eufórica.

_Mas não é o André.

_Como não papai? Quem mais me visitaria nessa cidade?

Ele sorriu:

_Sua amiga de infância... Você se lembra dela?Vocês não se desgrudavam um minuto...

_Daisy... –disse nem um pouco animada.

_Você se lembra dela né Mary?Pelo amor de Deus, diz que sim.

_É claro que me lembro papai. A primeira coisa que o André fez ao me ver foi falar dela.

_Você não parece muito animada com a visita dela.

_Mas estou animada. -menti.

_Então é melhor descer, ela está te esperando.

_Certo, só preciso de um minuto.

_Está bem, mas não demora.

Ele saiu do quarto e eu fiquei sozinha. Comecei então a forçar minha memória, eu precisava de qualquer maneira me lembrar alguma coisa da Daisy.

Éramos grandes amigas, vivíamos vinte e quatro horas juntas, ela é um ano mais velha que eu (já formou o colegial), ela era a única que sempre soube do meu amor de infância pelo André. Tirando a Daisy, mais ninguém sabia, nem mesmo o André.

Olhei para o espelho desesperada, precisava me lembrar mais coisas dela. O André tinha me dito que a Daisy não se esquecera de mim nem por um minuto... Eu não podia deixar a Daisy pensar que eu tinha me esquecido dela, não mesmo. Mesmo que isso não fosse verdade.

Eu podia me lembrar que Daisy era muito sem graça, era magra demais e muito sem sal.. Mesmo assim eu gostara muito dela...

Ajeitei o cabelo e saí do quarto, não me arrumei demais porque não queria que a Daisy se sentisse sem graça perto de mim.

Tentei mais uma vez me lembrar dela, mas desisti. Era incrível como eu podia me lembrar tudo do André, mas dela eu só me lembrava que ela sabia dos meus segredos... Só isso.

Desci a escada e cheguei na sala. Daisy se levantou para me receber e eu a olhei sem acreditar, fiquei terrivelmente surpresa... Como estava enganada!

Continua



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Ps: Quero pedir a todos que participem da enquete para dar um título para a história de Mary....Obrigada a todos! Beijinhos e um ótimo final de semana!!!**Tânia.

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