terça-feira, 1 de junho de 2010

Falando a verdade


Para melhor entendimento, leia primeiro AQUI!!!

            Eu peguei as cartas com raiva:
            _Quem te deu o direito de tocar nelas?-Perguntei com muito ódio.
            _Essa não é a questão aqui, Mary. E você sabe disso!
            _Sim, eu sei que foi a Gláucia quem te entregou, idiota! Ela não devia ter mexido nessas cartas, elas são minhas!
            _É, você gosta muito delas né?-Caco disse com ironia.
            Eu o olhei com raiva.
            _Você me disse a verdade Caco e ela doeu. Agora é a minha vez.
            _Não tem mais nada que pode me ferir Mary, você já fez o suficiente.
            _Eu não fiquei com André, não mesmo.
            _Eu vou acreditar do mesmo jeito que você acreditou...
            Eu o interrompi com raiva:
            _Embora não faltasse vontade, Caco. Eu estava lá sozinha com ele num quarto de hotel e eu podia ter tido uma noite maravilhosa com ele, mas por respeito à você, eu não fiz nada e fui fiel todo o tempo!
            Caco me olhou triste, eu continuei.
            _Agora coloca na sua cabeça de uma vez por todas que André namora minha amiga e por nada nesse mundo eu iria trair o amor que ela tem por mim.
            Ele abaixou a cabeça pensativo.
            _Eduardo?!Você não precisa se preocupar tanto, ele e o admirador secreto são uma pessoa só!
            Caco levantou a cabeça e me olhou surpreso:
            _Então Gláucia tinha razão, você estava mesmo me traindo com esse universitário ridículo!
            _Caco!Eu só descobri hoje, ele se declarou pra mim e me contou.
            Caco balançou a cabeça negativamente, eu disse triste:
            _Enquanto você estava se divertindo numa festinha, o admirador estava lá através de um cd fazendo com que eu me sentisse melhor.
            Caco riu:
            _Isso é ridiculo!
            _É ridiculo pra você que não sabe admirar as pequenas coisas.
            Caco balançou a cabeça com ódio:
            _Você é ridicula, Mary!Esperava mais de você!
            Eu fiquei de pé.
            _Eu também Caco, esperava mais de você!Muito mais!
            Apertei as cartas na mão e as lágrimas correram pelos meus olhos:
            _Foi bom enquanto durou Caco, mas não da mais pra mim.
            Ele concordou com um aceno de cabeça e eu disse com a voz embargada pelas lágrimas:
            _Isso é um adeus!
            Então virei as costas e saí da sorveteria sentindo nas costas o peso de sonhos frustrados.


 Continua

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