segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cada mínimo detalhe


            Era impossível tirar da minha cabeça cada pequeno detalhe...
            E aos poucos tudo foi voltando lentamente... Lembrei com tristeza da nossa primeira conversa em que ele tinha dito que jamais se apaixonaria.

_É aliança de compromisso?
         _Sim... Estou namorando. –disse olhando para a mão.
         _Como é o nome dele?
         Pergunta estranha de se fazer, mesmo assim respondi:
         _Caco.
         Ele me olhou sério e depois sem conseguir segurar a risada, riu.
         _Eu sei que o nome dele é ridículo... Mas não tem nada a ver com ele.
         _Caco?Fala sério... Desculpa. -Ele pediu quando viu que eu não estava gostando nem um pouco da brincadeira.
         Não disse nada. Fiquei olhando pela janela e pensando em Caco.
         _Não quis te chatear Mary, mas também não da pra negar que é um nome bem estranho.
         _E você? Está namorando?-perguntei ríspida.
         Ele ficou calado, depois de alguns minutos respondeu.
         _Eu nunca me apaixonei, e não vou me apaixonar NUNCA.
         Senti meus olhos encheram de lágrimas, desviei os olhos rapidamente para outra direção. Meu Deus! Se ele soubesse... Quanto tempo o esperei... Quantas noites sonhei com ele... Ainda bem que mudei de cidade, do contrário estaria hoje sofrendo.

            Que ironia! Eu devia saber que acabaria me apaixonando por ele novamente...
            Com tristeza recordei da conversa que tivemos na sorveteria, André tinha avisado que só estava me fazendo companhia e que não estava me paquerando... Ainda assim, eu me apaixonei por ele e acreditei que fosse correspondida.

            A sorveteria já estava vazia quando André caminhou em minha direção e puxando uma cadeira sentou com a gente.
         _Tem alguma coisa pra fazer amanhã?-Ele perguntou.
         _Não, mas você tem né?Amanhã é domingo, a sorveteria deve dar muito movimento.
         Ele me olhou de uma forma estranha.
         _Mary... Acho que preciso esclarecer uma coisa.
         _Fala.
         Ele mandou Carlinhos ir escolher um picolé e então começou a falar.
         _Eu sei que você tem namorado, eu não estou te cantando Mary.
         _Eu não pensei isso. -Disse sentindo meu rosto corar.
         _Eu só estou querendo fazer você se divertir, você não conhece mais ninguém aqui... É só isso, não quero que você fique entediada.
         _Tudo bem, André. Se é só por isso, obrigada, mas não preciso que você faça esse sacrifício por mim.
         _Sacrifício?-Ele riu. -Claro que não. É um prazer estar com você.

            Como André tinha razão! Podia me lembrar do tédio em que mergulhei ao ficar sem sua companhia.
            Era impossível esquecer cada momento, pois tudo pra mim tinha sido marcante.

            Estava parada olhando para o céu quando André se aproximou:
         _Feliz ano novo, Mary!
         Olhei para ele e trocamos um abraço.
         _Pra você também, André!
         _Gosta de olhar o céu?-Ele perguntou quando me virando voltei a olhar para o infinito.
         _Adoro o céu. É perfeito.
         Ele apontou o dedo e sorriu:
         _Olha só, o sol está nascendo!
         Era verdade, o sol já se revelava.
         _Espero que possamos continuar amigos mesmo depois que você for embora novamente.
         Olhei para ele surpresa.
         _Por favor, Mary, não faça como da última vez. Não desapareça.
         Eu ri.
         _Pode deixar André, estarei sempre por perto dessa vez. -Prometi.

            Como era bom tê-lo por perto... Ele fazia com que eu me sentisse importante.Tinha prometido que estaria sempre por perto... Mas e agora?Eu tinha declarado meu amor, tinha beijado o noivo da minha amiga... Como poderia ficar sempre por perto?
            Tinha tido também a conversa do hotel... Ah, aquela tinha sido a mais marcante para mim.

            _Sabe, Mary, vou te dizer uma coisa agora, que mais ninguém sabe.
         Olhei para ele surpresa.
         _Quando eu perdi os meus pais, eu prometi a mim mesmo que jamais deixaria que as coisas saíssem do meu controle...
         _Mas você não teve culpa pela morte dos seus pais...
         _Não, não tive. Mas eu imaginava que não sofreria novamente se mantivesse o controle de tudo na minha vida. E estava dando certo, eu tinha tudo sobre controle, tudo acontecia exatamente como eu queria... Até que hoje eu vi tudo acontecer diferente, logo hoje que eu queria que fosse um dia perfeito!Logo hoje que eu estou com você.
         _Não podemos ter o controle de tudo na nossa vida, André.
         _Agora eu sei disso, mas eu achava que assim fosse me magoar menos. Desculpa Mary, eu sei que nada justifica a minha reação com você, nada.
         O olhei com um sorriso:
         _Ninguém é perfeito né?-Era um alívio para mim ver que ele não era tão perfeito...
         Ele riu.
         _E em relação a dormir na mesma cama com você, não é que eu não confie em você Mary, de forma alguma. Eu não confio em mim! -Ele disse sério, com a cabeça baixa.
         Eu fiquei calada, não sabia o que dizer.
         _Você sabe que é linda, né?
         Eu ri constrangida, mas nada disse.
         _Eu jamais me perdoaria se fizesse qualquer coisa com você.
         _Por quê?
         _Porque eu não posso me apaixonar e acabaria te magoando... Se é que você me entende.
         _Não, não entendo.
         _Não se pode manter o controle sobre o amor.
         Concordei com um movimento de cabeça e ele continuou:
         _Por isso que eu te disse que jamais me apaixonaria.
         _Mas André, não existe nada mais delicioso que o amor!Ele mantém a vida viva e colorida.
         André ficou de pé e sorriu:
         _Eu prefiro assim Mary, pelo menos por enquanto... E além do mais, você tem namorado não é?
         _Verdade.
         _Então eu prefiro ficar na varanda, vendo a lua e as estrelas. É melhor assim.
         Ele se aproximou de mim e me beijou no rosto:
         _Não deixe nunca de ser essa garota maravilhosa... Você é muito especial, Mary.

            As coisas então só começaram a complicar... Descobri que Daisy e André estavam namorando, e eu não conseguia entender os meus sentimentos por André.
            Depois tudo acontecera rápido demais, mas não tão rápido que eu não pudesse me lembrar.
            Dançamos juntos na festa de Daisy e André se mostrara tão distante dela e tão perto de mim.
            Foi inevitável não descobrir que o que eu sentia era amor...
            Não sei se conseguirei viver sem André.
            Ah, como dói saber que ele não pode ser meu.
            Por que inventaram o amor?Essa droga só faz sofrer!

                                                               =/ Decepcionada

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Olá pessoal !! Tudo bem com vocês?
Bom, ainda estou um pouco atrasada com a visita aos blogs, mas estou tentando ajeitar isso ok?

Estou cheia de selos para postar, mas ando muito preguiçosa ultimamente.. rsrs'
Hoje postarei um selinho muuuito delicioso...rsrsrs'  Esse selinho eu ganhei de duas blogueiras maravilhosas.. Ellen do blog Descolada in Japan e de Thaysa  do blog De Inverno a Verão.


A regra é:
** Escrever meus 5 maiores vícios:

1. Chocolate..rsrs
2.Internet (principalmente o blog)
3. Filmes \o/
4. Livros
5. Músicas
--> A ordem não altera os fatores..rsrsrs

Indicações:

Gente, sou apaixonada por chocolate, assim como sou apaixonada por muitos blogs, não poderia escolher apenas cinco. Por isso indico esse selinho para todos os blogueiros apaixonados por chocolate!! *-*


~~> Antes de terminar esse post quero matar uma curiosidade dos leitores. Muita gente tem perguntado pela Gláucia e pelo Caco. Vocês estão morrendo de saudades dos dois né? rsrs No momento, Mary está preocupada demais com outras coisas e por isso ela nem está lembrando desses dois... Mas logo, logo eles aparecerão de novo, eles não vão sumir não.rsrs

--> Comentem sobre esse novo capítulo, ok? A opinião de vocês é muito importante pra mim!!

Muitos beijos e por hoje é só... Até mais!!

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