sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Uma escolha...


Para melhor entendimento, leia AQUI!!


Parecia mentira ouvir aquilo da boca dele.
Por alguns minutos fiquei em choque, parada, apenas olhando para André que estava muito próximo de mim.
Assim que consegui voltar a pensar me afastei bruscamente dele.
_Por que, André?-foi a única coisa que consegui dizer.
Ele me olhou surpreso.Eu continuei:
_Você mesmo disse que eu estava confundindo os meus sentimentos e que eu logo te esqueceria. Lembra? Porque eu lembro perfeitamente! Por muito tempo essas palavras me feriram, mas hoje já não são capazes de arrancar uma lágrima dos meus olhos.
Ele caminhou em minha direção e segurou em minhas mãos:
_Eu estava enganado, Mary.
_Não, André. Você não estava enganado!
Ele se afastou lentamente.
_Como?-perguntou baixo.
_Isso mesmo que você ouviu. Você tinha toda razão! Quem diria não é? O cara que disse que nunca se apaixonaria entende mais de amor do que eu, que já me apaixonei várias vezes.
_Você não pode estar falando sério.
_Estou falando muito sério. Sabe André, quando te reecontrei você me disse que nunca iria se apaixonar. Acho que foi isso que me fez gostar de você!
Ele ergueu as sobrancelhas sem entender.
_Eu me senti desafiada a fazer com que você se apaixonasse. Isso não foi planejado, foi totalmente incosciente, mas hoje eu entendo que talvez seja isso. Além do mais você era totalmente o inverso de Caco! Eu estava cansada da minha rotina com o Caco, queria coisa nova, sem contar que você tinha sido a minha paixão de infância.
Ele me olhava muito sério.
_Acho que tudo não passou de uma paixonite de adolescente.-Eu conclui.
_Você acha?
_Não, André. Eu tenho certeza.
_Mas o que te faz ter tanta certeza disso?-ele perguntou.
_Eduardo.
Lágrimas começaram a molhar o meu rosto quando falei o seu nome.
André me olhava, parecia decepcionado.
_Eu sinto tanta falta dele.-Eu disse deixando meu corpo cair no sofá.- Eu preciso tanto dele, tanto e agora!
O choro me dominou.
André caminhou para perto de mim e se sentou ao meu lado no sofá.
_Quem garante que esse sentimento por ele também não seja uma paixonite?
Abri os olhos e contive o choro.
Olhei para o infinito e me lembrei dos olhos de Eduardo.
_Niguém pode garantir e eu não posso ter essa certeza. Mas eu escolho correr esse risco. Eu escolho me arriscar com Eduardo!
André segurou na minha mão com carinho e sorriu:
_Talvez o amor verdadeiro seja isso, uma escolha.
Eu o olhei e sorri, aquele era o meu amigo.
_Você ainda é meu amigo, André.- eu disse emocionada.
Ele sorriu:
_Eu ando bem confuso, mas não se preocupe, eu sei que vou encontrar alguém bacana e quando isso acontecer eu vou ter certeza disso. Só não quero perder sua amizade! Tanto você como Daisy são muito especiais para mim!
Eu fiquei de pé, ele me imitou e então nos abraçamos.
André não demorou mais, já era tarde e ele foi embora antes que o meu pai aparecesse.
Olhei para o relógio e suspirei triste.
Meia noite.
Já tinha perdido o ônibus.
Mas aquilo não era tão ruim, só tinha me dado ainda mais certeza do que eu queria.
E eu queria Eduardo comigo!

                                                                  ;)  Decidida

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