quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O primeiro dia...


                                  Para melhor entendimento, aconselho que leia primeiro AQUI!!!


Estava com medo da minha nova vida. Não tinha ideia de como seria.
O papai conversou com mamãe sobre como seria tudo a partir de agora. Ficou combinado que ela e Carlinhos viriam todo final de semana ficar com a gente.
A minha mãe não estava nada feliz, acho que bem no fundo ela tinha medo de descobrir que o sentimento dela ainda não havia morrido.
Depois de tudo ajeitado, nos despedimos e ela foi embora com Carlinhos.
Caminhei para o meu quarto e comecei a desfazer as malas.
_Animada?-O papai me perguntou.
Eu o olhei séria.
Se isso tivesse acontecido algum tempo atrás, eu estaria dando pulos de alegria, mas agora aquilo não mais me agradava.
_Não sei.-Eu disse.
Ele me olhou triste:
_Você se acostuma logo. Aposto que vai adorar morar aqui.
Concordei sem nada dizer.
O meu primeiro dia passou muito rápido.Logo chegou a noite e eu me deitei cedo para dormir, não queria receber visitas de ninguém.

Acordei com gritos no corredor.
Pulei da cama assustada e me vesti.
Não demorou muito e reconheci de quem era a voz, era de Angélica.Olhei no relógio pendurado na parede do quarto, onze horas da noite.
Abri a porta do meu quarto e lá estava Daisy e Angélica.
_Você está aqui!!! Que ótimo!!-Angélica gritou me abraçando.
Daisy também me abraçou feliz, parecia animada.
_Que tudo! Agora você vai morar aqui! Isso é maravilhoso!-Angélica disse eufórica.
O que eu poderia dizer se a minha única vontade naquele momento era de sair correndo? Aquela alegria estava me sufocando.
_Pois é.-Foi só o que eu disse.
Não estava animada, não estava feliz e não podia fingir.O meu lugar não era mais ali.
_O que houve?Você não parece feliz.-Daisy perguntou séria.
_Verdade.-Angélica concordou e me puxou para a cama.-Vem, conte tudo pra gente!
_É uma longa história.-Eu disse desanimada.
_Adoro longas histórias!-Daisy disse segurando em minha mão.-Conta tudo, amiga.
Respirei fundo e arranquei toda a história de dentro do meu peito. Contei sobre Gláucia, sobre Eduardo, mas omiti a gravação.
_Que vaca!-Angélica disse nervosa.-Ela não tem o direito de fazer isso com você!
Daisy me olhou séria.
_Então agora você está solteira?
Eu a olhei triste:
_Não se preocupe Daisy, eu não sinto mais nada pelo André.-Disse tentando convencer a mim mesma, pois ainda não tinha certeza dessa afirmação.
Daisy abaixou os olhos triste e disse sem sorrir:
_Não se preocupe, Mary. Não haverá mais casamento.

                                                                                              Continua

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