terça-feira, 14 de junho de 2011

7º Capítulo - Parte 1

Parte anterior: Lani pede perdão para Emanuelle. As duas conversam e combinam de irem para a lanchonete de noite. Para melhor entendimento, leia AQUI!!!



Vestiu uma calça jeans e uma camiseta, colocou um colar de pequenas pérolas no pescoço, calçou uma sandália sem salto e prendeu os cabelos loiros num rabo de cavalo. No rosto apenas um batom vermelho e nos olhos lápis preto para destacá-los.
Lani então se olhou no espelho e sorriu satisfeita.
Simples, mas com charme. Estava linda.
Caminhou devagar até a lanchonete, sem pressa nenhuma. Chutou pedras no caminho, observou as pessoas sentadas na calçada, olhou para a lua e até sorriu ao sentir o vento fresco tocar o seu rosto.
Fazia tempo que não se sentia tão bem. Conversar com Emanuelle lhe fizera muito melhor, agora estava decidida em esquecer Samantha e tudo que dizia respeito ao mundo dela. Por alguns minutos ela havia se esquecido que existia vida longe de Samantha e da turma dela. Como pudera ser tão distraída? Existiam pessoas legais, sonhos emocionantes... E ela não precisava de Samantha para viver bem.
Nem havia chegado à lanchonete e já podia ouvir a música que tocava, um pagode. Lani sorriu sozinha, pelo visto a noite seria animada e ela aproveitaria para dançar muito. Já fazia algum tempo que não dançava.


Diego levantou e caminhou para fora da lanchonete.
A música era boa, a lanchonete estava cheia, mas nenhum dos seus amigos haviam chegado ainda. Se ele conhecia bem Samantha, ela não chegaria tão no cedo, devia estar se arrumando.
Surpreso observou Lani caminhar distraidamente. Sem pensar duas vezes foi em sua direção com um sorriso sincero.
_Que bom que você veio! – Ele disse alegre e com muita sinceridade. Estava muito feliz por vê-la ali.
Lani viu o sorriso de Diego e sentiu o coração apertar no peito.
O sorriso enorme, além de lindo, parecia bastante verdadeiro.
Ele vestia uma calça jeans escura e uma camisa branca. Lani observou, com carinho, que a cor branca lhe caia muito bem.
Nervosa consigo mesma tratou logo de afastar os pensamentos da mente e ignorando Diego, seguiu em frente. Ou pelo menos tentou, pois assim que este percebeu sua intenção, a segurou pelo braço.
_Lani, por favor, vamos conversar. – Ele pediu sério.
Ela o olhou pensativa.
_Por favor, Lani, apenas alguns minutos, não mais que isso. - Diego insistiu.
Lani respirou fundo, olhou para a lanchonete que estava cheia e concordou sem sorrir:
_Tudo bem.
Não sabia o que Diego lhe diria, mas estava decidida a não acreditar em nada que saísse da boca dele.
Ainda segurando no braço dela, Diego a levou para uma praça muito próxima da lanchonete. Sentaram num dos bancos de ferro e podiam observar o movimento da rua, podiam ver também quem chegava e quem saia da lanchonete. Embora não pudessem ser vistos, devido às várias árvores da praça.
_Lani... – Diego não sabia o que dizer. Como dizer para ela que tudo fora um erro? Como convencê-la a lhe dar uma segunda chance?
Alguns segundos se passaram sem que mais nada pudesse ser dito, Lani estava inquieta. Não olhava para Diego, tinha medo que o seu sorriso encantador e aquele rosto tão belo a convencessem de coisas que ela sabia perfeitamente não serem verdades.
_O tempo está passando. – Disse seca.
_Preciso que você me perdoe. – Ele disse a olhando, embora ela não o olhasse. – Eu sei que não foi certo o que fiz... Ah, como eu me arrependo! Se eu pelo menos pudesse voltar no tempo, eu inventaria uma festa só para evitar que aquilo acontecesse de novo. Mas eu sei que não posso voltar no tempo, é por isso que te peço que me perdoe.
_Certo, eu te perdôo. Só não quero mais conversa com você. – Lani disse ficando de pé.
_Não! Espera. – Ele pediu segurando de novo o braço dela. – Eu ainda não terminei.
_Você disse apenas alguns minutos. – Em nenhum momento ela o olhava.
_Lani... Por favor. – Ele praticamente suplicou.
Lani respirou fundo com raiva, mas acabou cedendo.
_Quando Samantha disse que eu iria até sua casa sondar o terreno e saber o porquê de você ter voltado, eu neguei, nunca aceitaria isso. Mas Samantha parecia precisar de mim e por nossa amizade eu aceitei ir até você. Eu não sabia o que tinha acontecido no passado, ninguém em nenhum momento me falou de Gabriel, nem de coisa alguma, e ainda não falam. A única coisa que sei é o que ouvi de vocês naquela noite.
Lani passou a mão na cabeça, estava impaciente.
_Eram os meus amigos de anos, que me acolheram quando aqui cheguei, que viveram momentos maravilhosos comigo e eles estavam dizendo que uma garota tinha feito uma coisa ruim com eles no passado. Era só isso o que eu sabia. Eu não sabia que essa garota na verdade não fez nada tão ruim assim no passado e também não sabia que ela me encantaria tanto.
Lani virou o rosto para ele, estava ao mesmo tempo curiosa e surpresa.
_Você é linda, Lani. O seu jeito de falar, andar, rir... Uma melodia para mim. Sei que talvez isso pareça insignificante, ou talvez até te soe de modo falso, mas a verdade é que me encantei com você desde o primeiro momento que te vi.
Lani desviou o rosto para outra direção, estava sem graça e precisava de alguma forma disfarçar a alegria que aqueles elogios lhe causavam.
Diego continuou:
_Mas os meus amigos continuavam a dizer que você tinha pisado na bola com Samantha, eu não sabia o que tinha acontecido, ninguém queria me contar. Então eu fui obrigado a ficar do lado deles por falta de opção, mas eu não sabia que Samantha seria tão cruel com você naquele sábado e principalmente, eu não sabia que, na verdade, a vilã não era você. Eu então me arrependi e sei que talvez você não queira mais conversar comigo.
Lani continuava quieta, apenas escutando.
Diego respirou fundo, tinha a sensação que ela não escutava nada do que ele dizia.
_Só te peço uma segunda chance Lani. Eu quero te conhecer, quero de alguma forma fazer parte da sua vida, porque você, mesmo sem querer, já faz parte da minha. Uma segunda chance, por favor.
Lani olhou para ele e ficou pensativa por alguns segundos. Ele parecia tão sincero em cada palavra.

Continua ... 



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